Histórico Arquidiocesano | Arquidiocese do Rio de Janeiro

 

HISTÓRICO ARQUIDIOCESANO 
ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO
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No décimo sétimo dia do mês de outubro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e vinte e quatro, por disposição da divina Providência e movido pelo zelo pastoral que o distingue, o Sumo Pontífice Antônio, em ato solene de autoridade apostólica, promulgou a Bula intitulada "Redemptoris Mater", mediante a qual erigiu canonicamente a Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. À nova Igreja particular foi outorgado o título de Primaz, em reconhecimento de sua precedência temporal e simbólica, por ser a primeira a ser constituída neste novo ciclo de evangelização da Igreja universal.

A instalação da diocese, recebida com veneração e jubilosa esperança pelo povo fiel, assinalou o início de uma nova etapa na missão evangelizadora da Igreja no território fluminense. Para o múnus episcopal da nova sé, o Santo Padre designou o Eminentíssimo Senhor Cardeal Francysco Bagnasco, cuja nomeação foi ratificada em espírito de comunhão com a Sé de Pedro. Assumindo o governo pastoral com piedade e diligência, o novo Ordinário promoveu com vigor a restauração do dinamismo eclesial, impulsionando a vida sacramental, a formação do clero, a promoção vocacional e a presença ativa da Igreja nas diversas instâncias da sociedade.

À medida que se consolidavam as estruturas pastorais e se fortalecia a consciência missionária entre os fiéis, manifestaram-se copiosos frutos espirituais: multiplicaram-se as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, reorganizaram-se as paróquias, e o anúncio da Palavra de Deus encontrou renovada acolhida nos corações dos homens e mulheres de boa vontade.

Diante dos notáveis progressos alcançados em tão breve lapso de tempo, e reconhecendo o vigor e a relevância eclesial daquela porção do povo de Deus, o Romano Pontífice, em ato subsequente datado de dezenove de dezembro do mesmo ano, elevou a Diocese à dignidade de Arquidiocese Metropolitana, como expressão de sua eminência espiritual e de seu papel de liderança entre as Igrejas irmãs desta nação.

Desde então, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro tem-se afirmado como referência eclesiológica de comunhão com a Sé Romana, fulcro de irradiação apostólica e exemplar na fidelidade doutrinal e na prática pastoral. Sediada em território de notável significado histórico e cultural, tornou-se expressão visível da íntima união entre fé e vida, entre tradição e renovação, entre serviço e autoridade.

O Rio de Janeiro, assim, consagrou-se não apenas como metrópole de beleza natural e centro de relevância nacional, mas, sobretudo, como coração espiritual do Brasil, onde pulsa uma Igreja viva, fiel ao seu Senhor, e pronta para testemunhar, com audácia e humildade, a perene novidade do Evangelho.