RITO DE LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA

ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO 


01.04.2025

Igreja de São José 


RITOS INICIAIS


ANTES DA PROCISSÃO

À hora competente, faz-se a reunião no lugar apropriado, de onde os fiéis

seguem processionalmente para o lugar designado. 


SAUDAÇÃO

O Bispo, revestido das vestes sagradas, com a mitra e o báculo, encaminha-se, com os ministros, para junto do povo reunido e depois, sem mitra nem báculo, saúda-o, dizendo:

Pres.: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Ass.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Ou:

Pres.: A paz esteja convosco.

O povo responde:

Ass.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Em seguida, o Bispo dirige breves palavras aos fiéis para os dispor para a celebração e lhes dar o sentido do rito.


ORAÇÃO

Terminada a admonição, o Bispo diz:

Pres.: Oremos.

E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio. Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração da Coleta:

Ó Deus, vós estabelecestes a Igreja santa edificada sobre o fundamento dos Apóstolos, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. Concedei ao povo reunido em vosso nome que vos adore, vos ame, vos siga, e se transforme em templo da vossa glória, até que, tendo-vos à frente, chegue à cidade celeste. Por Cristo, nosso Senhor.

Ao terminar, o povo aclama:

Ass.: Amém.


Terminada a oração, o Bispo toma a mitra e o báculo, e um sacerdote ou um diácono, se parecer oportuno, faz a admonição:

Diác. ou Sac.: Caminhemos em paz.


LITURGIA DA PALAVRA
PRIMEIRA LEITURA

(Ez 47,1-9.12)


O leitor dirige-se ao ambão e proclama a primeira leitura, que todos ouvem sentados. 

Leitor: Leitura da Profecia de Ezequiel

Naqueles dias, 1 o anjo fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar. 2 Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até à porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 3 Quando o homem saiu na direção leste, tendo uma corda de medir na mão, mediu quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos tornozelos. 4 Mediu outros quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos joelhos. 5 Mediu mais quinhentos metros e me fez-me atravessar a água: ela chegava-me à cintura. Mediu mais quinhentos metros, e era um rio que eu não podia atravessar. Porque as águas haviam crescido tanto, que se tornaram um rio impossível de atravessar, a não ser a nado. 6 Ele me disse: "Viste, filho do homem?" Depois fez-me caminhar de volta pela margem do rio. 7 Voltando, eu vi junto à margem muitas árvores, de um e de outro lado do rio. 8 Então ele me disse: "Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9 Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida onde chegar o rio. 12 Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio".

Leitor: Palavra do Senhor.

Ass.: Graças a Deus.


SALMO RESPONSORIAL
(46)

O salmista ou o cantor canta ou recita o salmo, e o povo, o refrão.

—  Conosco está o Senhor do Universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó.


—  O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares.


— Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.


— Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó! Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo.


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

— Glória a vós, Senhor Jesus, Primogênito dentre os mortos!


— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo a alegria de ser salvo!

Enquanto isso, o sacerdote, quando se usa incenso, coloca-o no turíbulo. 

O diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:

Diác.: Dá-me a tua bênção.


O sacerdote diz em voz baixa:

Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.

O diácono faz o sinal da cruz e responde: 

Diác.: Amém.


Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio;

Pres.: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.


EVANGELHO

(Mt 5,17-19)

O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e as velas, e diz:

Diác. ou Sac.: O Senhor esteja convosco.

Ass.: Ele está no meio de nós.

O diácono ou o sacerdote diz: 

Diác. ou Sac.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João.

e, enquanto isso, faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo, na fronte, na boca

e no peito.

O povo aclama:

Ass.: Glória a vós, Senhor.

Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. 2 Existe em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. 3 Muitos doentes ficavam ali deitados — cegos, coxos e paralíticos —. 4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. 5 Aí se encontrava um homem, que estava doente havia trinta e oito anos. 6 Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: "Queres ficar curado?" 7 O doente respondeu: "Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente". 8 Jesus disse: "Levanta-te, pega a tua cama e anda". 9 No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a sua cama e começou a andar. Ora, esse dia era um sábado. 10 Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: "É sábado! Não te é permitido carregar tua cama". 11 Ele respondeu-lhes: "Aquele que me curou disse: 'Pega tua cama e anda' ". 12 Então lhe perguntaram: "Quem é que te disse: 'Pega tua cama e anda?' " 13 O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar. 14 Mais tarde, Jesus encontrou o homem no Templo e lhe disse: "Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior". 15 Então o homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16 Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.

Diác. ou Sac.: Palavra da Salvação.

Ass.: Glória a vós, Senhor.


HOMILIA

Terminadas as leituras, faz-se a homilia, na qual se explicam as leituras bíblicas e se expõe o sentido do rito: Cristo é a pedra angular da Igreja e o edifício, que a Igreja viva dos fiéis vai construir, será a casa de Deus e ao mesmo tempo a casa do povo de Deus.


Depois da homilia, pode ler-se, segundo o costume do lugar, o documento da bênção da primeira pedra e do início da construção da igreja, o qual deve ser assinado pelo Bispo e pelos representantes dos que se vão ocupar da construção da igreja, e que será lançado, juntamente com a primeira pedra, nos alicerces.

Terminada a homilia, o Bispo tira a mitra, levanta-se e faz a bênção da área da

nova igreja, dizendo: 

Pres.: Oremos.

E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio. Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração da Coleta:

Deus, que envolveis o universo com vossa santidade, de tal forma que vosso nome é glorificado em todo lugar, abençoai estes vossos filhos e filhas que, por donativo ou trabalho prestado, prepararam esta área para que aqui se levante uma igreja; e fazei que, com a mesma unidade dos corações e alegria dos espíritos, presentes a esta construção que hoje começamos, venham eles em breve celebrar neste templo os mistérios divinos e para sempre vos louvar nos céus. Por Cristo, nosso Senhor.

Ao terminar, o povo aclama:

Ass.: Amém.


Em seguida, o Bispo põe a mitra e asperge com água benta a área da nova igreja, o que pode fazer ou estando no meio do terreno ou circundando processionalmente, com os ministros, o lugar dos alicerces. Neste caso, canta-se o Salmo 47, ou outro cântico apropriado.


O salmista ou o cantor canta ou recita o salmo, e o povo, o refrão.


℟. O Senhor estabelece sua cidade para sempre.


— Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu monte santo, esta colina encantadora é a alegria do universo. ℟.


— Monte Sião, no extremo norte situado, és a mansão do grande rei! Deus revelou-se, em suas fortes cidadelas, um refúgio poderoso. ℟.


— Recordamos, Senhor Deus, vossa bondade em meio ao vosso templo; com vosso nome vai também vosso louvor aos confins de toda a terra. ℟.


Terminada a bênção da área da futura igreja, se houver de fazer-se a colocação da primeira pedra, faz-se a bênção e a colocação da mesma.

O Bispo aproxima-se do lugar em que a primeira pedra deve ser colocada e, depois de tirar a mitra, benze a pedra, dizendo:

Pres.: Oremos.

E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio. Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração da Coleta:

Senhor Pai santo, o vosso Filho, nascido da Virgem Maria, foi anunciado pelo Profeta qual pedra talhada do monte, sem mão de homem, e o apóstolo o designou imutável fundamento; abençoai + esta primeira pedra aqui posta em seu nome. Concedei que o vosso Filho, a quem estabelecestes princípio e fim de todas as coisas, seja o início, o incremento e o termo desta obra. Por Cristo, nosso Senhor.

Ao terminar, o povo aclama:

Ass.: Amém.

Então, se parecer oportuno, o Bispo asperge a pedra com água benta e incensa-a. E põe, de novo, a mitra. 

Em seguida, o Bispo coloca a primeira pedra nos alicerces, em silêncio, ou, se parecer mais oportuno, dizendo estas palavras ou outras apropriadas:

Pres.: Na fé de Jesus Cristo colocamos esta primeira pedra neste alicerce. Na igreja que neste lugar se há de erguer seja recebida a virtude e a graça dos mistérios celestes e seja invocado e louvado o nome de nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele, glória e poder por todos os séculos dos séculos.

o povo aclama:

Ass.: Amém.


ORAÇÃO DA COMUNIDADE

Terminado o cântico, o Bispo tira a mitra. Faz-se então a Oração Universal, com estas palavras ou outras semelhantes: 

Pres.: Oremos, irmãos caríssimos, a Deus Pai todo-poderoso, e peçamos que faça destes seus servos, aqui reunidos para dar inicio à construção da sua nova igreja, um templo espiritual, erguido à sua glória, sobre a pedra angular, que é Jesus Cristo, seu Filho.

Ass.: Abençoai, Senhor, e conservai a vossa Igreja.


Leitor: Para que Se digne congregar na unidade os seus filhos que andam dispersos, depois de rejeitarem o pecado que os dividiu, oremos ao Senhor.

Ass.: Abençoai, Senhor, e conservai a vossa Igreja.


Leitor: Para que Se digne fundar solidamente sobre a pedra firme da sua Igreja todos os que, pelos seus donativos e pelo seu trabalho, assumem a construção desta obra, oremos ao Senhor.

Ass.: Abençoai, Senhor, e conservai a vossa Igreja.


Leitor: Para que os nossos irmãos impedidos de construírem igrejas dedicadas ao nome de Deus, em virtude de circunstâncias adversas, procurem tornar-se templo vivo, para darem testemunho da sua fé e do louvor devido a Deus, oremos ao Senhor.

Ass.: Abençoai, Senhor, e conservai a vossa Igreja.


Leitor: Para que a ação da graça divina nos vá preparando, a nós que nos encontramos agora aqui presentes, para depois virmos, aqui também, celebrar os divinos mistérios, oremos ao Senhor.

Ass.: Abençoai, Senhor, e conservai a vossa Igreja.


ORAÇÃO DO SENHOR

Em seguida, o Bispo pode introduzir a oração dominical com estas palavras ou outras semelhantes:

Pres.: Unamos a voz da Igreja orante à voz do Senhor Jesus Cristo, suplicando ao Pai celeste, num só coração e numa só alma, com as palavras que o seu Filho nos ensinou:

Ass.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O Bispo continua imediatamente:

Pres.: Nós Vos louvamos, Senhor, Pai santo, porque concedeis aos vossos fiéis, de quem a água regeneradora do Batismo fez templo a Vós consagrado, a graça de construírem casas de oração. Olhai, com bondade, para estes vossos filhos, que se reuniram, com tanta alegria, para dar início à construção da nova igreja, e concedei que eles cresçam como templo da vossa glória, até que, preparados pelo trabalho da vossa graça, sejam colocados, pela vossa mão, na cidade celeste. Por Cristo nosso Senhor.

o povo aclama:

Ass.: Amém.


RITOS FINAIS


BÊNÇÃO FINAL

O sacerdote abrindo os braços, saúda o povo: 

Pres.: O Senhor esteja convosco.

O povo responde:

Ass.: Ele está no meio de nós.

E abençoa todo o povo, acrescentando: 

Pres.: E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.

Ass.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:

Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Ass.: Graças a Deus.